“Quando o jovem Davi foi até Saul oferecer-se para combater Golias — o provocador filisteu que o desafiava — Saul, na intenção de encorajá-lo, passou-lhe a armadura real. Davi aceitou a oferta de Saul. Mas assim que a vestiu, repeliu-a e disse a Saul que, usando a enorme armadura, não poderia fazer uso de sua própria força e que desejava combater o inimigo valendo-se somente de suas armas pessoais: a funda e a faca. E foi assim que o fez.

O que essa passagem da Bíblia nos ensina?

Que sempre que você se valer das forças alheias para enfrentar suas adversidades ou seus inimigos, essas forças deslizarão do seu corpo, pesarão demais sobre você ou restringirão o uso de suas próprias armas.

Se estudarmos o início da decadência de qualquer indivíduo, empresa, nação ou império, veremos que sua origem sempre está no uso de forças, bens ou capital alheio. A razão disso é que a falta de sabedoria das pessoas faz com que elas tenham dificuldade em perceber o veneno que está oculto nas coisas que, a princípio, lhes parecem boas.

Isso se aplica àqueles que, no início, se rendem a ofertas que os libertam do aperto, como o auxílio dos outros, sem perceber que, sendo um alívio imediato, criam enormes comprometimentos futuros.

Quando alguém escolhe a opção de viver com oxigênio alheio, suas forças e seu poder declinam e se deterioram rapidamente. E logo ele será tomado por aquele de quem emprestou as forças para sobreviver.

Por isso, um indivíduo deve sempre zelar por preservar suas forças próprias. E quando há forças que ainda não estão plenamente sob seu controle, deve dedicar todo seu conhecimento, toda sua energia e toda sua disciplina para reforçar suas bases e assumir o controle de tudo o que possa lhe servir de ameaça não só no presente, mas também no futuro.”⁣ O Príncipe

 

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